José Afonso sentíase identificado con Galiza e mantiña un interese polo noso idioma e a nosa cultura, aspectos que teimou en defender publicamente. E, asemade, declaraba a necesidade dun intercambio cultural, permanente, entre a Galiza e Portugal.
O Zeca Afonso fai bater no peito o ritmo da liberdade.
José Afonso, o Zeca de óculos grandes e ar distraído, soube deixar-nos um legado: é possível acreditar que as palavras e a música podem ser arte a nunca esquecer. Mas deixou-nos outro legado: o seu exemplo de cidadania prova-nos, ainda hoje, que é possível sonhar com um novo mundo… sem “muros nem ameias”! Por tudo isso o Zeca continuará a andar sempre por aqui!
José Afonso fez com que várias gerações de portugueses se identificassem e decoram-se as suas canções e, por sua vez, as integrassem naquela que é a tradição cultural portuguesa. Mas, Zeca, conseguiu mais do que isso. Conseguiu, com a Galiza, completar o último vértice do seu triângulo mágico África – Portugal, influenciando músicos, poetas e escritores que, até hoje, nele se inspiram.
Algúns bares poñen o Grândola cando queren pechar pero raras veces o conseguen: o Grândola non é unha canción de pechar senón de abrir.