Entrevista com Francisco Fanhais com motivo dos 48 anos da estreia do Grândola em Compostela

Este 10 de Maio cumprírom-se 48 anos da estreia da cançom Grândola, vila morena de José Afonso. A que se iria converter num dos principais símbolos da Revoluçom dos Cravos em Portugal, contra a ditadura do Estado Novo, contra a guerra colonial e polas liberdades civis e políticas, foi estreada, pola primeira vez, em Santiago de Compostela, dous anos antes do 25 de Abril de 1974.

A estreia tivo lugar em meio a um dos diversos concertos que José Afonso ofereceu na Galiza da mao de Benedito, Bibiano e outros membros da Nova Cançom Galega que na década de 1970 também cantárom contra a ditadura franquista, pola democracia e polo reconhecimento dos direitos coletivos do povo galego. Num daqueles concertos, celebrado no Burgo das Naçons de Compostela, foi cantada esta cançom pola primeira vez em público, numha atuaçom vigiada de perto por polícia à paisana, a censura e informadores da PIDE.

Da AJA Galiza nom podíamos deixar passar esta data sem celebrar, mais um ano, a intensa ligaçom do Zeca com o nosso país. Ele próprio chegou a dizer em várias ocasions que talvez ninguém o tenha entendido como na Galiza. A data, portanto, converte-se num pretexto para nós, hoje, recuperarmos nom só as músicas de José Afonso, como também os seus valores cívicos, sociais e políticos.

A situaçom de distanciamento social derivado da pandemia de Covid-19 impujo, todavia, a necessidade de comemorarmos esta data à distáncia. Figemo-lo através dumha entrevista emitida ao vivo através de Facebook e também disponível para a visualizaçom em diferido, tanto no próprio Facebook quanto no nosso canal de Youtube. A entrevista, conduzida polo nosso companheiro Odilo González, contou com a presença de Francisco Fanhais, hoje presidente da AJA em Portugal e que foi nom só músico acompanhante do Zeca tantas vezes, como também amigo pessoal dele, companheiro de exílio e gravaçons e umha das pessoas que talvez melhor conheçam e perpetuem hoje os seus valores. Um testemunho imperdível do papel da música de intervençom no Portugal pré e pós-revolucionário; do papel do Zeca e do seu simbolismo como criador, e da alegria de umha revoluçom que desembaraçou o país vizinho da ditadura salazarista.

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